quarta-feira, 26 de outubro de 2016

ANEL ENCANTADO DA POMBAGIRA

ANEL ENCANTADO DA POMBAGIRA


Taça com champagne 
pitada de pó Pega-Homem  
7 gotas de essência de rosas
Anel novo, de qualidade, com pedra vermelha
 
Durante três noites, deixe a taça contendo o anel exposta a luz da lua cheia (os três primeiros dias da fase), recolhendo sempre antes do sol aparecer.

Peça a Pombagira que encante o anel e que ele seja como um imã, atraindo muitos homens a você. Após a terceira noite, já pode usar o anel (se preferir, pode usar um pingente com pedra vermelha

Encantamento Cigano de sucesso, saúde e Amor

Encantamento Cigano de sucesso, saúde e Amor
9 fitas coloridas de cetim (menos preta)
1 vela dourada de 7 dias
9 pedaços de canela em pau
1 prato
Ritual
Amarre 1 pedaço de fita em cada pedaço de canela em pau fazendo um pedido a cada Clã Cigano.
A seguir os clãs ciganos:
Eles se dividem em nove clãs e, portanto, nove energias diferentes.
Clã dos Ciganos Dourados
Clã dos Ciganos do Amor
Clã dos Ciganos e Ciganas Encantados.
Clã dos  Ciganos da Cura
Clã dos  Ciganos da Sorte
Clã dos Ciganos Andarilhos
Clã dos Ciganos Guardiões
Clã dos Ciganos Beduínos
Clã dos Ciganos Tuaregues 
Peça:
Amor, sucesso, proteção, saúde, cura, determinação, enfim, tudo o que desejar.
Coloque a vela dourada no centro do prato e circule com os 9 pedaços de canela.
Conjuro
Por Santa Sara e por todos os 9 Clãs Ciganos de Luz do Astral, estou evocando suas energias para dentro de minha vida e para dentro de minha casa.
Abençoando todos os que vivem aqui, abençoando o meu trabalho, meus filhos, etc.
Fortalecendo minha saúde.
E protegendo-me de toda inveja.
Amém!
Se desejar, pode oferecer uma canela consagrada a pessoas queridas, ou guardá-las em gavetas, baús, bolsas, etc.
È um encantamento realmente muito poderoso, vale a pena fazer. 
Melhor lua: (Pode ser feita em qualquer lua até na minguante.)

PERFUME PARA ATRAIR HOMENS (Pombagira do Cabaré)

PERFUME PARA ATRAIR HOMENS (Pombagira do Cabaré)



Ponha dentro de perfume floral de fragrância forte e adocicada:

1/2 colher (chá) de noz-moscada ralada, 1/2 colher (chá) de almíscar em pó, 1/2 colher (chá) de dandá-da-costa, 1/2 colher (chá) de Pó Pega-Homem, 1/2 colher (chá) de amor-agarradinho, raiz de patchouli ou cipó-mil-homens (pedacinho), um pedaço de imã.
Leve o perfume para ser cruzado em um terreiro, com uma pombagira incorporada, ou coloque-o no assentamento dela por 7 dias.
Passe atrás das orelhas e nos braços, esfregando de baixo para cima (sentido de atração). Se já tiver um homem em sua vida, ponha o nome dele dentro do perfume

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Para seu amor volta

UMA MAÇA BEM BONITA E VERMELHA

MEL
NOME DA PESSOA
UM VASO DE PLANTA 
E UMA MUDA DE PLANTA QUE VOCÊ SAIBA QUE  PEGUE COM FACILIDADE

PEGUE A MAÇA FAÇA UM FURO EM CIMA
TIRE A TAMPA  FAZENDO UM BURACO
COLOQUE O NOME DA PESSOA
ENCHA O BURACO COM MEL
E TAMPE A MAÇA
COLOQUE A MAÇA DENTRO DO VASO ENCHA DE TERRA
E PLANTE A MUDA,E VÁ REGANDO SEMPRE SE AQUELA
MUDA DE PLANTA CRESCER SEU AMOR VAI VOLTAR PRA VOCÊ
E NUNCA MAIS VAI EMBORA SE ELA MORRER DESISTA ELA NÃO FOI FEITA PRA VOCÊ

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

ZE PILINTRA



História Zé Pilintra

Jose Emerenciano nasceu em Pernambuco, filho de uma escrava forra com seu ex-dono, teve algumas oportunidades na vida.




Trabalhou em serviços de gabinete, mas não suportava a rotina.




Estudou, pouco, pois não tinha paciência para isso.




Gostava mesmo era de farra, bebida e mulheres, não uma ou duas, mas muitas. Houve uma época em que estava tão encrencado em sua cidade natal que teve que fugir e tentar novos ares.




Foi assim que Emerenciano surgiu na Cidade Maravilhosa.




Sempre fiel aos seus princípios, está claro que o lugar escolhido havia de ser a Lapa, reduto dos marginais e mulheres de vida fácil na época.




Em pouco tempo passou a viver do dinheiro arrecadado por suas "meninas", que apaixonadas pela bela estampa do negro, dividiam o pouco que ganhavam com o suor de seus corpos.




Não foram poucas as vezes que Emerenciano teve que enfrentar marginais em defesa daquelas que lhe davam o pão de cada dia.




E que defesa!




Era impiedoso com quem ousasse atravessar seu caminho.




Carregava sempre consigo um punhal de cabo de osso, que dizia ser seu amuleto, e com ele rasgara muita carne de bandido atrevido, como gostava de dizer entre gargalhadas, quando nas mesas dos botecos de sua preferência.




Bebia muito, adorava o álcool, desde a cachaça mais humilde até o isque mais requintado.




E em diversas ocasiões suas meninas o arrastaram praticamente inconsciente para o quarto de uma delas.




Contudo, era feliz, ou dizia que era, o que dá quase no mesmo.




Até que conheceu Amparo, mulher do sargento Savério.




Era a visão mais linda que tivera em sua existência.




A bela loura de olhos claros, deixava-o em êxtase apenas por passar em sua frente.




Resolveu mudar de vida e partiu para a conquista da deusa loura, como costumava chama-la.




Parou de beber, em demasia, claro!




Não era homem também de ser afrouxado por ninguém, e uns golezinhos aqui e ali não faziam mal a ninguém.




Dispensou duas de suas meninas, precisava ficar com pelo menos uma, o dinheiro tinha que entrar, não é?




Julgava-se então o homem perfeito para a bela Amparo.




Começou então a cercar a mulher, que jamais lhe lançara um olhar.




Aos amigos dizia que ambos estavam apaixonados e já tinha tudo preparado para levá-la para Pernambuco, onde viveriam de amor.




Aos poucos a história foi correndo, apostas se fizeram, uns garantiam que Emerenciano, porreta como era, ia conseguir seu intento.




Outros duvidavam Amparo nunca demonstrara nenhuma intimidade por menor que fosse que justificasse a fanfarronice do homem.




O pior tinha que acontecer, cedo ou tarde.




O Sargento foi informado pela mulher da insistente pressão a que estava submetida.




Disposto a defender a honra da esposa marcou um encontro com o rival.




Emerenciano ria, enquanto dizia aos amigos:




- É claro que vou, ele quer me dar a mulher? Eu aceito! Vou aqui com meu amigo...


- E mostrava seu punhal para quem quisesse ver.




Na noite marcada vestiu-se com seu melhor terno e dirigiu-se ao botequim onde aconteceria a conversa.




Pediu uísque, não era noite para cachaça, e começou a bebericar mansamente.




Confiava em seu taco e muito mais em seu punhal.




Se fosse briga o que ele queria, ia ter.




Ao esvaziar o copo ouviu um grito atrás de si:




- Safado!


- Levantou-se rapidamente e virou-se para o chamado.




O tiro foi certeiro.




O rosto de Emerenciano foi destroçado e seu corpo caiu num baque surdo.




Recebido no astral por espíritos em missão evolutiva, logo se mostrou arrependido de seus atos e tomou seu lugar junto a falange de Zé Pelintra.




Com a história tão parecida com a do mestre em questão, outra linha não lhe seria adequada.




Hoje, trabalhador nos terreiros na qualidade de Zé Pelintra do Cabo, diverte e orienta com firmeza a quem o procura.




Não perdeu, porém a picardia dos tempos de José Emerenciano.



Sarava Seu Zé Pelintra

ENCANTAMENTO CIGANO

Este feitiço de amor é muito poderoso, forte e antigo.
Muitos já se beneficiaram de seu poder !
Na primeira noite de lua cheia, saia fora de casa e diga olhando para a lua:
Povo Cigano, na força da lua cheia, de me licença para fazer este ritual de amor. Com a ajuda de todos espíritos ciganos de luz com certeza terei êxito em meu ritual.
Sob a luz da lua cheia, corte as unha das suas maos, colocando-as em um pote pequeno de barro. Coloque dentro do pote três colheres de sopa de alcool ( tome cuidado para não se queimar, após colocar o alcool no pote, guarde o vidro de alcool bem londe do ritual). Erga o pote e mostre para lua.
Aqui estão reunidos os ingredientes do ritual, só me falta a força dos ciganos na vibração da lua cheia. Ciganos e Ciganas derramem seus axés sobre este pote, para que eu consiga amarrar definitivamente ( falar o nome da pessoa) ao meu lado, com amor, carinho, desejo e paz.
Coloque o pote no chão e coloque fogo nas unhas dizendo.
No calor do fogo ( dizer o nome da pessoa) você será amarrado.
Após o fogo se apagar, com uma colher triture bem as sobras, passe em uma peneira e guarde este pó.
A primeira vez que encontrar a pessoa, coloque um pouco do pó na comida ou bebida deste, sem que ele perceba.
Jamais tome ou coma nada com este pó.

MAGIA EGIPCIA PARA DERROTAR INIMIGOS



Preparação da egrégora
Você precisará de:
Um local escuro e reservado;
Símbolos do olho Solas e Lunar ou de figuras ou estátuas de Rá e Here (Rá e Hórus);
Uma lamparina (para clarear o local);
querosene ou óleo;
Fósforo;
Incenso;
Papel ou papiro;
Tinta natural e uma caneta de bambu ou qualquer outro instrumento de escrita.
Conduza este feitiço usando a forma cerimonial que desejar. Você deve estar limpo e livre de qualquer pensamento impuro. A privacidade é essencial. Vista-se confortavelmente – use uma veste egípcia ou com um manto ritual. Se preferir, fique nu.
Se desejar, arrume um altar com figuras, desenhos ou representações simbólicas de Rá e Heru (Hórus). Velas, incenso e outros elementos que ajudem na concentração também podem ser usados.
1- Arrume o altar. Acenda o incenso e a lamparina.
2- O escriba deu instruções para que o nome de Apep fosse escrito no papiro. Escreva o nome do seu inimigo no papiro ou em uma folha de papel.
3- Em seguida, pronuncie com firmeza as seguintes palavras mágicas:
“Abaixa tua face, ó Apep, inimigo de Rá! A chama que emana do Olho de Heru avançará sobre ti. Esta chama será mortal para tua alma, e para teu espírito, e para tuas palavras de poder, e para teu corpo e para tua sombra. A senhora do fogo prevalecerá sobre ti, e a chama partirá tua alma, e porá fim à tua pessoa e se lançará sobre tua forma. O olho de Heru, que é poderoso contra os inimigos, já lançou seu feitiço sobre ti. O olho de Rá irá prevalecer sobre ti e a sua chama te devorará, e o que conseguir escapar da sua chama, não mais existirá. Afasta-te! Pois serás cortado em pedaços e tua alma irá tremer ao ver teu amaldiçoado nome enterrado na memória. O silêncio cairá sobre ele e ele será esquecido. Chegarás o teu fim, serás afastado e esquecido, esquecido, esquecido…”
4- Queime o nome do inimigo na chama da lamparina assim que Rá estiver chegando (nascer do sol), ao meo dia, ou quando Rá estiver partindo (pôr-do-sol).

Pomba gira maria padilha

O moça bonita sempre que preciso esta salve maria padilha
salve quem tem fé salve quem não tem

Rituais a Maria Padilha para pedir a sua ajuda em qualquer situação e para atrair o seu amado

Maria Padilha é uma das principais entidades da Umbanda e do Candomblé, da linha da esquerda, sendo também conhecida por Dona Maria Padilha, e considerada a Rainha das Pombas-Giras.
É a Rainha do Reino da Lira, Rainha das Marias. É a mulher de Exu Rei das 7 Liras, ou Exu Lúcifer, como é conhecido nas Kimbandas.
Ela é vista como o espírito de uma mulher muito bonita e sedutora, que em vida teria sido uma fina prostituta ou cortesã influente.Maria Padilha é uma Pomba-Gira poderosa capaz de auxiliar em problemas de amor, saúde, afastar indesejáveis, desmanchar feitiços.


Para invocar sua ajuda em qualquer situação:
INGREDIENTES:
- 1 pequeno espelho que possa ficar de pé em cima da mesa;
- 7 cigarros de boa qualidade;
- 1 taça nova;
- 1 champanhe de boa qualidade.

RITUAL:

Nos cigarros escreva o seu nome ou o nome da pessoa que necessita de ajuda.
Coloque o espelho de pé em cima da mesa, na sua sua frente, e acenda os cigarros, de maneira a que o nome inscrito neles fique voltado para o espelho. Atras dos cigarros ficará a taça de champanhe.
Faça o(s) seus(s) pedidos(s) a Maria Padilha.
Deverá repetir o pedido bem como o ritual durante 3 dias seguidos, sendo que a cada dia, oferecerá 7 novos cigarros e bebida.

Para atrair o ser amado:
INGREDIENTES:
- 7 rosas vermelhas;
- 7 pedaçs de papel com o nome da pessoa amada escrito a lápis;
- 1 garrafa de anis;
- 1 taça;
- 1 vela vermelha;
- 1 pequeno espelho de mão ou de parede

RITUAL:
Coloque o espelho deitado.
Sobre o espelho coloque a vela vermelha com o nome do ser amado escrito nela, e passado pelo seu corpo. Em volta do espelho ajeite as rosas em forma de círculo, sendo que dentro de cada uma coloque um papel com o nome da pessoa escrito nele. Encha a taça com o aniz, esta deve ficar próximo do espelho, no centro do circulo. Faça o seu pedido com fé e respeito a Maria Padilha.
Após três dias despacha-se tudo num jardim bem movimentado.
Ir para pomba gira

sábado, 22 de outubro de 2016

PAJELANÇA - O XAMANISMO BRASILEIRO

É provável que a palavra Pajé venha da raiz pa-y = profeta, adivinho, curador, sacerdote, xamã. O termo pajelança é aplicado nas manifestações xamânicas dos índios brasileiros. Pode ser divido em pajelança indígena (rituais indígenas) e pajelança cabocla, que são praticas religiosas (não índígenas) mais comuns no Noorte e Nordeste brasileiro.
Há anos atrás, o amigo Walter Vetillo foi a Belém fazer uma reportagem para a Revista Planeta, cobrindo o VI Congresso Brasileiro de Parapsicologia e Psicotrônica onde se realizaou um Encontro de Pajés. Parte da mátéria transcrevo abaixo :

Afinal...quem são os pajés ?

Existe muito pouca coisa publicada no Brasil sobre este fascinante assunto. Uma contribuição preciosa foi o depoimento do estudioso dos mistérios amazonenses, Antonio Jorge Thor. Thor comenta o xamanismo e a pajelança :
" Um aspecto curioso deste assunto é que nos Estados Unidos, quando se fala em xamanismo, muitas linhagens dos xamãs são mulheres No Brasil não; aqui pajé é sempre somente do sexo masculino - primeira geração, que passa de pai para filho. Para sser um pajé, o candidato deve ser um paranormal e médium ao mesmo tempo. Ou seja, dve ter muitas força mental (paranormalidade) e a mediunidade, que mexe com a bioenergética, com as partículas biocósmicas (provocam a expansão da consciência fora da matéria, o espírito por exemplo), enfim aquela coisa da espiritualidade.
Entre as diversas tribos, como os Kraôs, caiapós e gaviões, varia muito o conceito de pajelança, mas eles tem alguma coisa em comum: o misticismo , o segredo. Você as vezes passa um longo tempo para conseguir uma informação, um segredo, como por exemplo, sobre um não-alucinógeno para você sair com facilidade do corpo (desdobramento) . O pajé penetra na área da encantaria, uma outra vertende da grande magia que pouca gente conhece., que é passar para uma outra dimensão e e muitos dele quando retornam dessa experiência , voltam curados. Eu fui iniciado pelas mãos de uma curandeira de terceira geração que foi tratada pelos pajés. Doente, ela passou algum tempo desaparecida e quando retornou, além de curada veio com dons incríveis.
A pajelança é uma forma de magia nativa da Amazonia, tipicamente indutiva, atuando sobre qualquer elemento vivo e mantendo estreita relação com os demais reinos da natureza: mineral, vegetal e animal. É praticada por curandeiros (principalmente pelos pajés da Amazônia), com base no xamanismo indígena .
Pelas suas ações, o xamã tenta estabelecer contato com outras formas de existência através de comunicações com entidades sobrenaturais, procurando restabelecer o equilíbrio perdido entre a natureza e a mente. Esse processo envolve curas, exorcismos, e outrois atos com objetivos diversos.
A visão holística da cultura xamanista não pode ser esquecida fornecendo ao pajé um importante elo que o integra ao todo. Nesse sentido Fritjot Capra, em ponto de Mutação, sintetiza: "A característica predominante da concepção xamanista de doença é a crença de que os seres humanos são partes integrantes de um sistema ordenado em que toda a doença é consequência de alguma desarmonia em relação à ordem cósmica. Com grande frequência, a doença também é interpretada como castigo por algum comportamento imoral.
A pajelância autêntica, abrange os pajés reunidos no conceito de "alta pajelança", cujos segredos são guardados a sete chaves - haja vista não terem interesse em que profanos venham a desfrutar dessas dádivas. Ela se subdivide em diuas correntes :
  • Pajelança de "conta branca" : Atua em favor do bem, curando principalmente doenças físicas e mentais e resolvendo problemas do cotidiano da comunidade.
  • *Pajelança de "conta negra" : Atua em favor do mal. Visa facilitar a vitória na guerra com outras tribos ou a disputa de guerreiros para se tornar líderes. Serve também para matar ou adoecer uma vítima, sendo que em alguns casos é usada para dificílimos trabalhos de cura.
A verdadeira pajelança é restrita a uma minoria que ostenta os segredos e poções mágicas que rejuvenescem, curam, matam, provocam viagens astrais e outras grandes iniciações. Atualmente, existem poucos pajés desse tipo no Brasil. A presença da mulher é vedada.
Já a pajelança paralela (segunda geração) envolve as várias formas de curandeirismo popular - principalmente as rezadeiras e benzedeiras, que trazem no sangue a eugenia nativa, além de estar representadas em alguns rituais da Umbanda.
Finalmente, a pajelança afim (terceira geração) engloba o curandeirismo popular originado da pajelança mater, porém com atuação mais aberta que a anterior. Aoresenta influências visíveis de outras magias, seitas, misturando-se a -se a outras culturas folclóricas e crendices de povos diversos. É a pajelança com maior influência no Brasil, e suas benzedeiras, que utilizam ervas e rezasa para tirar o "quebranto" , muitas vezes conseguem imbuir-se de dons que são inerentes aos pajés. Já as rezadeiras, embora sejam incluídas nesse grupo, são originárias do Nordeste, submetendo-se assim a uma influência maior do catolicismo.
A pajelança deve ser usada por quem realmente a domina, manipulando o universo de magias que a constituem. A princípio todos os métodos usados são indutivos, sincronizados a um objeto (instrumento de poder) e resguardado pelos dons natos do pajé. Sua maior finalidade está na força de cura ou no resultado que produz a partir de três fatores básicos :
1 Força Mental - É um dos instrumentos fundamentais de um pajé. Existe um arquétipo-modelo que fornece meios para a paranormalidade aguçar-se à medida que o pajé passa a usar elementos oriundos da natureza: comer determinadas frutas ou raízes, ingerir certas bebidas sagradas através de fórmulas secxretas, etc. Esse comp0lexo aguça a paranormalidade e está associado a outros exercícios como a entonação de mantras.
2 Sincronia de elementos - Constitui o poder de invopcar elentos das diversas dimensões através de cânticos mântricos e imagens. Quando associado à natureza, esta força ostenta a verdadeira fórmula que muitos pajés, bruxos e outros magos guardam a sete chaves. O próprio maracá, qunado sacudido cadencialmente, cria uma estrutura energética que permite a abertura para a paranormalidade.
3 Agentes auxiliares - O auxílio a esses trabalhos provém de seres de diversos planos dimensioonais invocados para operar como reforço, com os elementais da natureza, os encantados (seres energéticos de outras dimensões) e outros agentes chamados "tetaianos" ou seja, otimizados pelas comunicações biocósmicas (espíritos de pajés e de outros seres).
Um elemento insispensável na pajelança é o maracá. O maracá de um xamã é recebido ou confeccionado durante a iniciação, sendo, portanto, sagrado para ele. em alguns casos é passado de pai para filho; ou ainda, o "escolhido" é induzido a achá-lo mediante as regras impostas pelo ritual de iniciação..
Outro elemento fundamental é o tauari , uma espécie de charuto natural semi-oco que ajuda o pajé a defumar o local ou a pessoa em questão. O charuto, com sua fumaça cheirosa, objetiva imantar o ambiente e criar uma atmosfera toda especial, para facilitar os cantatos que o pajé queira fazer.
Se o maracá e o charuto, são importantes para um pajé, pois assumem significados sagrados em suas mãos, existem outros elementos secundários uisados ao lçongo dos trabalhos desenvolvidos.
  • Mascar certos vegetais ou mesmo cheirá-los, ou até mesmo comer ou beber, também faz parte do ritual de entrada de um xamã. Essa situação varia muitoi de pajé para pajé, de trabalho para trabalho, dependendo do objetivo visado. O importante é que eles, usando recursos tiotalmente naturais, provocam os mesmos efeitos de certos enteógenos.
  • Chás ou pós de ervas, alucinógenos ou não, facilitam as viagens e a comunicação, com entidades de outros planos, bem como aguçam a paranormalidade.
  • Porções para mascar, feitas com plantas e raizes especiais, desenvolvem a sensibilidade do pajé e facilitam suas viagens, as quais poderão trazer soluções para os casos pendentes.
  • Cantos nativos produzem vibrações e facilitam contatos com outros pajés, pessoas ou ouitros seres invocados nos cânticos.
Dentro dessa estrutura a pajelança é associada a rituais de grande beleza e magia, qu extasiam a todos que se envolvem no processo de participação, ou mesmo como meros observadores.
Segundo Thor, o perfeito domínio sobre este incrível mundo mágico-natural pode por vezes levar alguns pajés de alta linhagem a alterar suas partículas atômicas, tornar-se invisíveis e deslocar-se no espaço, surgindo em outros lugares. Aqui vale a pena lembrar as experiências relatadas por Castañeda em seus livros, descrevendo casos semelhantes com Dom Juan e D. Genaro.
Geralmente o pajé exerce uma influência muito grande sobre sseu povo - sua figura está para a tribo na mesma proporção em que o médico está para a comunidade. Isso faz com que sua importânciae destaque assumam uma responsabilidade toda especial sobre os problemas que afligem seu grupo. Por outro lado, como um médico, o pajé segue as normas e obedece as éticas moldadas pela sociedade., e não poderia deixar de assumir um arquétipo blinbdado para sua tribo. Dificilmente alguma coisa lhe é negada, e ele, com justiça, exerce o poder e goza de fama e do respeito de todos. Os pajés vivem bastante tempo, e os mais poderosos são chamados de sacaca por sinal, o mesmo nome de um conhecido vegetal da Amazônia Oriental, detentor de inúmeras utilidades.

Oração do caboclo

Abençoado seja meu Caboclo de Aruanda.

Faz de mim um instrumento de vosso trabalho, que eu seja vosso arco e vossa flecha.

Em momentos de tensão, a corda se esticará e o arco irá se dobrar, mas jamais irá se romper.

Ensina-me a não sucumbir diante das adversidades da vida.

Hoje o céu está tempestuoso e o ar congelante, mas o amanhã virá e com ele dias de sol e calor.

Afaste-me do confronto com meus inimigos, mas se o choque for inevitável, que eu tenha a força e a coragem de lutar.

Afaste o medo da derrota, já que sempre há a possibilidade de um novo recomeço.

Ensina-me a arte da paciência, pois às vezes é necessário esperar um dia inteiro, até que a caça caia na armadilha.

Ensina-me a linguagem mágica das plantas, para que eu possa conhecer os mistérios da vida.

Vossa nudez é libertadora, ensina-me a andar nu, pois tenho que vestir-me todos os dias para ser uma pessoa que não reflete minha verdadeira natureza.

Meus pés descalços irão penetrar a terra, ligando-me ao grande Deus Tupã.

Faça de mim uma flecha de luz, atirando-me aonde a escuridão imperar.

Se eu ficar cansado, irei recostar-me no tronco da Jurema e adormecer coberto pelas suas folhas, ouvindo o canto dos pássaros anunciando o fim do dia.

O som da cachoeira irá embalar meus sonhos.

Quando chegar a hora da passagem, amarre minha alma na ponta da flecha, suba na mais alta montanha, estique a corda ao máximo e lance-me rumo ao infinito.


Assim Seja...