segunda-feira, 6 de junho de 2016

Cigana Sarita


A Cigana Sarita nasceu e criou-se em uma família de ciganos, na região noroeste da Espanha. Tinha os cabelos e os olhos negros. Sua infância foi muito feliz e, logo no início da adolescência, seus dotes mediúnicos e intuitivos começaram a se manifestar. Como de costume, começou a atender as pessoas, lendo a mão e o tarot. Logo tornou-se famosa por seus dotes, sendo procurada por muitas pessoas para atendimento. Como é hábito dos ciganos cobrar por suas consultas (ao que eles chamam de "troca de faca"), mesmo ainda jovem, a Cigana Sarita ganhava muito dinheiro e ouro, passando a sustentar todo o seu grupo. Aos 18 anos foi eleita a dirigente de seu grupo cigano. O poder e a riqueza a fascinaram, tornando-se autoritária e cobrando cada vez mais caro por seus atendimentos. Nesta época, os ciganos eram muito perseguidos pela Igreja Católica e pelas autoridades - por este motivo tinham que se mudar constantemente, trocando sempre o acampamento de local. Certo dia, Sarita adoeceu, tendo febre muito alta. Sua febre persistiu por muitos dias e, quando a febre baixou, sua capacidade intuitiva e mediúnica havia diminuído drasticamente. Contudo, Sarita não contou a ninguém e continuou a atender as pessoas, e quando não conseguia ler a mão, inventava. E cada vez cobrava mais caro. Por se sentir poderosa, não quis mais que seu acampamento mudasse de lugar, passando a enfrentar e lutar contra os perseguidores. E foi assim que, numa emboscada, Sarita faleceu.
Como tinha se tornado materialista, Sarita não abandonou seu corpo, presenciando sua deterioração, até que quando percebeu que havia tornado-se somente ossos, se desesperou e lembrou-se que sua mãe já falecida lhe havia ensinado que tinha vida após a morte. Assim, implorou ajuda, pedindo para ser resgatada e levada para um lugar melhor. Uma luz branca muito forte apareceu e Sarita adormeceu. Quando acordou, estava em um hospital do plano espiritual, sendo tratada por um irmão espiritual chamado Raul. Com paciência e amor, Raul tratou de Sarita e assim que ela apresentou melhoras, foi levada à Escola Doutrinária Espiritual, onde aprendeu sobre as diversas dimensões, a vida espiritual, a evolução necessária a todas as pessoas. Seu mentor lhe avisou que ela não iria mais reencarnar, que ela cumpriria sua missão e sua evolução espiritual trabalhando espiritualmente através dos médiuns encarnados na Terra. Sarita iria usar sua roupagem fluídica de sua última encarnação - como cigana - e iria trabalhar numa nova religião que estava sendo fundada, a Umbanda. Que, por estar acostumada a preconceitos e perseguições, iria atuar na Umbanda e que dentro da própria religião iria sofrer preconceito e discriminação, pois no início a Umbanda trabalhava apenas com os Pretos Velhos, Caboclos e Crianças, e iriam considerá-la "não digna" de estar ali. Seu próprio "aparelho" não iria aceitá-la e teria que provar seus conhecimentos e que era do bem. Surgiu, assim, a linha do Oriente e do Povo Cigano na Umbanda.
À partir de então, a Cigana Sarita apresenta-se nos Centros de Umbanda, trabalhando para o bem de todos, mas não gosta de se desdobrar muito, sendo assim, trabalha em poucos médiuns por vez (no máximo 2 ou 3).

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